EP4 GWF - Como comunicar a visão da tua empresa e inspirar a tua equipa
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EP4 GWF - Como comunicar a visão da tua empresa e inspirar a tua equipa

 

Introdução 

Alguém que cria uma empresa é porque, à partida, tem uma visão. Ou pelo menos deveria ter. Uma empresa nasce para responder a algo que falta na sociedade, para resolver um problema ou criar uma oportunidade. Mas o que vemos, muitas vezes, é que esse propósito perde-se pelo caminho. O que era para ser uma visão inspiradora, transforma-se apenas num negócio que sobrevive.

  • Explica a importância da visão no setor imobiliário.

  • Faz o enquadramento: líderes, consultores e empresas precisam de mais do que objetivos de curto prazo.

  • Gancho: “Hoje vou partilhar contigo os 7 níveis que distinguem empresas que apenas existem daquelas que realmente lideram. E tu vais conseguir perceber em que nível estás neste momento.”

Nível 1 – Empresas sem visão clara 

O primeiro nível é aquele em que infelizmente muitas empresas estão: não têm uma visão clara. Fazem negócios, fecham contratos, mas não sabem muito bem para quê, nem para onde vão. É como andar a correr numa passadeira: muito movimento, mas sem sair do mesmo lugar.

Problema: estas empresas sobrevivem, mas não inspiram.

  • Consequência: colaboradores sem motivação, clientes que sentem falta de identidade.

  • Metáfora: “É como navegar sem mapa — qualquer direção serve, mas nenhuma leva aonde queres chegar.”

Nível 2 – Fundador com visão mas sem comunicação 

No segundo nível temos um cenário comum: o fundador tem um sonho muito forte, mas não sabe comunicá-lo. Ele vê o futuro, mas a equipa não. E se a tua equipa não vê, não acredita, e se não acredita, não caminha contigo.

  • Exemplo: empresário que “vê longe”, mas a equipa continua a trabalhar apenas pelo salário.

  • Insight: “Uma visão que não é comunicada é apenas uma ideia na tua cabeça. Precisa de sair de ti, precisa de ser traduzida para quem te acompanha.”

Nível 3 – Comunicar não é inspirar 

E mesmo quando alguns conseguem comunicar, muitas vezes confundem comunicar com inspirar. Comunicar é dizer o que queremos. Inspirar é mostrar porque é que isso faz diferença. É tocar na emoção

  • Exemplo prático:

    • Comunicação: “Queremos ser líderes de mercado.”

    • Inspiração: “Queremos ser líderes de mercado porque acreditamos que cada família merece um lar onde pode crescer em segurança e dignidade.”

  • Mensagem: “A inspiração é o que transforma palavras em energia.”

Nível 4 – Inspirar sem mobilizar não chega 

Mas mesmo a inspiração, sozinha, não basta. Já viste aquelas palestras que nos deixam cheios de energia, mas depois, dois dias depois, está tudo igual? Inspirar sem mobilizar é como acender um fósforo e não ter lenha para a chama.

  • Ponto central: é preciso transformar visão e inspiração em comportamentos diários, processos claros e metas tangíveis.

  • Sem mobilização, a visão morre na emoção inicial.

Nível 5 – Mobilizar equipas sem propósito partilhado 

No quinto nível, muitos líderes conseguem mobilizar. A equipa trabalha, a equipa esforça-se… mas algo não encaixa. Porque a mobilização é feita por obrigação ou apenas pelo salário. E isso não dura.

  • Problema: desgaste, rotatividade de colaboradores, falta de compromisso real.

  • Explicação: “As pessoas podem trabalhar por dinheiro ou por obrigação, mas só ficam por propósito. Só se entregam verdadeiramente quando percebem que também podem realizar os seus sonhos através da tua empresa.”

Nível 6 – Casar propósitos: o ponto de viragem 

E aqui chegamos ao sexto nível: o momento em que tudo muda. É quando consegues casar propósitos. O meu sonho enquanto líder pode alinhar-se com o teu sonho enquanto colaborador. Eu ajudo-te a atingir os teus objetivos pessoais e tu ajudas-me a concretizar a visão da empresa.

  • Explicação: este é o verdadeiro “contrato emocional” entre líder e equipa.

  • Quando isso acontece:

    • O líder deixa de empurrar, começa a puxar naturalmente.

    • O colaborador deixa de resistir, começa a sentir que pertence.

  • Resultado: equipas resilientes, unidas e comprometidas.

Nível 7 – Da visão à execução consciente 

Finalmente, o sétimo nível: quando a visão deixa de ser apenas uma ideia bonita e passa a ser execução consciente. Aqui já não falamos só de estratégia, falamos de consistência, de cultura e de identidade.

  • Características de líderes e empresas neste nível:

    • Decisões alinhadas com valores.

    • Processos que sustentam a visão.

    • Pessoas que sentem que fazem parte de algo maior.

  • Resultado: empresas que não só têm sucesso, mas criam impacto real na vida de clientes e colaboradores.

Conclusão + CTA 

Se há algo que quero que leves de hoje é isto: não basta ter visão. É preciso comunicá-la, inspirar, mobilizar e, acima de tudo, casar propósitos. Só assim consegues transformar um negócio que sobrevive numa empresa que deixa legado.