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O Poder de um Belo "Pontapé no Rabo"!

Quando falamos em desenvolvimento pessoal não falamos num conceito etéreo, romantizado e muito menos numa moda. E um "pontapé no rabo" pode ser muito útil para nos ajudar a trabalhar o nosso potencial máximo!

Desenvolvimento pessoal não mais é do que nos tornarmos intencionalmente na pessoa que está preparada de forma multidimensional, para ter os resultados que queremos ter. Para termos os resultados que queremos de forma duradoura, temos que trabalhar mais em nós do que no nosso trabalho. Porque tudo, mesmo tudo, é a materialização de quem somos. Afinal ninguém dá o que não tem…

Aprendi esta abordagem de 3 formas:

  • O conceito teórico com Jim Rohn;
  • Na prática depois de implementar e ver os resultados acontecerem;
  • Ao fazer o trabalho de crescimento que faço com os meus clientes e ver o que conseguem ir atingindo evolução após evolução. 

 

Como exemplo, se me quero tornar num piloto de fórmula 1, tenho não só que dominar a arte da condução, como tenho que desenvolver as minhas capacidades de concentração e foco, decisão, lidar com distrações, ansiedade, controlo da respiração, resistência, gestão de emoções e sentimentos. 
Neste contexto, o menor deslize compromete decisiva e drasticamente a minha vida. 

 

Já se me me quero tornar num treinador de futebol de elite, além de dominar os conhecimentos técnico-tácticos, preciso desenvolver e potenciar as minhas capacidades de liderança, comunicação, visão, intuição e decisão, capacidades relacionais (com todos os stakeholders*), criação de momentum, gerir conflitos e energia, lidar com pressão, entre outras. 

 


Especialmente nas profissões em que os stakeholders externos tem muito peso e importância, a inteligência emocional é hoje em dia o que separa os melhores de todos os outros.

 

Na minha perspectiva e experiência, potenciar a nossa inteligência emocional cabe perfeitamente “debaixo do chapéu” do desenvolvimento pessoal. 


O verdadeiro e doloroso "pontapé no rabo!”

 

Existem alguns factores e circunstâncias que activam a nossa consciência para a importância deste trabalho em nós. A ambição, o propósito, a paixão, a defesa de uma causa são alguns deles.

Mas nenhuma funciona como a confrontação com a nossa própria mortalidade. É um belo e verdadeiro “pontapé no rabo”!! Confrontar-nos com a nossa mortalidade dá-nos um importante sentido de urgência para fazermos o que precisamos fazer. 

É comum assistirmos a grandes mudanças em pessoas que passam por um grande susto. Mas não é preciso passar por lá para “acordar”!

 

Pergunta-te:
Se morresse hoje:
◼︎ o que deixaria por fazer?
◼︎ quem gostaria de ter sido que não fui?
◼︎ que sonho gostaria de ter vivido que não vivi?

Outra forma de olhares para isto é colocares a tua vida numa perspectiva temporal:
◼︎ quanto tempo vivi até agora?
◼︎ quanto tempo me falta viver? (tendo como referência a esperança média de vida)

 

As respostas a estas perguntas servirão muito como validação. Ou estás no caminho que escolheste ou não estás. E se não estás, o tempo de começar a mudar é agora. 

 

No leito da morte partilharás algum destes 5 arrependimentos?!

 

Bronnie Ware, enfermeira australiana trabalhou durante muitos anos em cuidados paliativos. Os seus pacientes eram aqueles que tinham sido enviados para casa para morrer. 

Ela diz ter vivido momentos muito especiais nas últimas três a doze semanas das suas vidas. 
Refere: “Cada um experimentou uma variedade de emoções, como esperado, negação, medo, raiva, remorso, mais negação e finalmente a aceitação." 

Quando questionados sobre quaisquer arrependimentos que tivessem ou qualquer coisa que fariam de forma diferente, existiram temas que se repetiram de forma muito frequente. 

 

Aqui estão os cinco mais comuns: 

1. Gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, não a vida que os outros esperavam de mim. Este foi o arrependimento mais frequente de todos. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás com clareza, é fácil ver quantos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não honrou nem metade de seus sonhos.
É muito importante tentar honrar pelo menos alguns de seus sonhos ao longo do caminho.

 

2. Gostaria de não ter trabalhado tanto. Sentiram falta de não terem acompanhado a infância dos filhos e da companhia do parceiro. Todos as pessoas se arrependeram profundamente de passar tanto tempo na prateleira de uma existência meramente profissional.

 

3. Gostaria de ter tido coragem de expressar os meus sentimentos. Muitas pessoas reprimiram os seus sentimentos para manter a paz com os outros. Como resultado, contentaram-se com uma existência medíocre e nunca se tornaram quem realmente eram capazes de se tornar. Muitos desenvolveram doenças relacionadas a amargura e ressentimento, que carregavam como resultado disso. É um facto que não podemos controlar as reações e atitudes dos outros. No entanto, embora as outras pessoas possam reagir inicialmente quando mudas a tua maneira de falar honesta e abertamente, no final, isso eleva a relação a um nível totalmente novo e saudável.

 

4. Gostaria de ter mantido contacto com os meus amigos. Muitos ficaram tão envolvidos nas suas próprias vidas que deixaram grandes amizades escapar ao longo dos anos. Houve muitos arrependimentos profundos por não dar às amizades o tempo e o esforço que elas mereciam. Toda a gente sente falta dos seus amigos quando está a morrer. É comum que qualquer pessoa com um estilo de vida muito agitado deixe as suas amizades escaparem. Mas quando se deparam com a aproximação da morte, os detalhes físicos da vida desaparecem. No final, tudo se resume a amor e a relações.

 

5. Gostaria de ter me permitido ser mais feliz. É algo surpreendentemente comum. Muitos não perceberam até ao fim, que a felicidade é uma escolha. Permaneceram presos a velhos padrões e hábitos. O chamado 'conforto' da familiaridade transbordou nas suas emoções, assim como nas suas vidas físicas. O medo da mudança fazia com que fingissem para os outros e para si mesmos que estavam contentes. Quando lá no fundo, não era bem assim que se sentiam.

 

Sentiste o pontapé?!

 

Trabalha os teus dons e talento especial. Amanhã pode ser tarde demais...
Como sempre, ao teu serviço 🙏

Um forte abraço 
João Cordeiro


Nota:
Para conheceres mais sobre o trabalho da Bronnie, por favor consulta o seu site em: https://bronnieware.com

 

* Podemos definir stakeholders como: “grupos e indivíduos que, de uma forma ou de outra, apresentam algum nível de interesse nos projectos, atividades e resultados de uma determinada organização”. Numa tradução directa, é algo parecido com todas as partes interessadas de uma empresa.